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Alerta para o controle da buva

01/02/2010
01/02 - Tomar conhecimento de novas tecnologias, trocar informações e ainda receber alertas sobre a importância do manejo de culturas motivaram centenas de produtores a participar do dia de campo em Rolândia na semana passada. O evento foi realizado no Centro de Difusão de Tecnologia da Cooperativa Agroindustrial de Rolândia (Corol). Foram instaladas na área 46 estações demonstrativas com produtos e tecnologias. As atividades tiveram início com palestra sobre a planta daninha buva, ministrada pelo pesquisador da Embrapa Soja, Dionísio Gazziero. A buva, que se disseminou rapidamente por várias regiões do Estado nos últimos quatro anos, só pode ser contida com prevenção e controle efetivo. ""A buva é altamente competitiva e provoca importantes perdas nos rendimentos"", alertou Gazziero a uma atenta plateia de produtores de 34 entrepostos da Corol. "Estamos chamando a atenção para o tamanho do problema", disse, ao lembrar que cada planta pode gerar de 100 mil a 200 mil sementes, que são transportadas pelo vento. A semente da buva é 2 mil vezes menor que a de soja. De acordo com o pesquisador, existem biótipos da buva resistentes ao glifosato, o que torna o controle da invasora mais caro e difícil. ""Por isso o cuidado do produtor é tão importante", afirma. Prevenção e controle, segundo Gazziero, são as palavras de ordem. Ele afirma que o controle não se limita à aplicação de herbicidas. O produtor deve adotar um conjunto de medidas, que vão da rotação de culturas, manutenção da cobertura do solo e a aplicação de herbicidas. No manejo do solo, a pesquisa recomenda evitar o uso da grade e o pousio (deixar a área vazia). Como no plantio direto há um manejo reduzido do solo é preciso atenção para detectar o surgimento da invasora. "A palhada é um importante aliado do produtor e o trigo é ótima opção", afirma o pesquisador. "Ao contrário, o milho safrinha favorece a buva", completa. A orientação de um engenheiro agrônomo é fundamental para enfrentar o problema, segundo Gazziero. O profissional fará recomendações como o controle da invasora com tamanho entre 5 e 10 centímetros de altura e não usar sempre o mesmo herbicida.


: Raquel de Carvalho
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