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Castanha Portuguesa

23/12/2009
A castanha portuguesa é ingrediente de muitos pratos típicos dessa época do ano. Em São Paulo, pesquisadores conseguiram adiantar a colheita, para coincidir com a procura dos consumidores. A legítima castanha portuguesa, tão procurada no natal, é geralmente importada da Europa. Isso porque, no Brasil, a colheita só poderia ser feita depois de janeiro. Para que o cliente tivesse a opção em dezembro, a CATI de São Bento do Sapucaí resolveu produzir nos viveiros uma muda híbrida da castanha. “Com a introdução destes híbridos, que nós produzimos, que são o cruzamento da castanha europeia com a castanha japonesa, a produção aqui no Brasil se inicia em outubro, tendo o auge na época de Natal”, garante Silvana Bueno, agrônoma - Coordenadoria de Ass. Técnica Integral. Primeiro os viveiristas colocam as sementes enfileiradas embaixo da areia. De 25 a 30 dias depois, elas começam a germinar e são transplantadas para os sacos. Mais ou menos um ano e meio depois, a muda da castanheira híbrida atinge um bom tamanho. Ela ainda é uma planta jovem, mas os produtores utilizam uma técnica para que ela comece a produzir castanhas mais cedo do que o normal. Eles enxertam na jovem o galho de uma árvore adulta. Com isso, a produção comercial que levaria uma década para começar, tem início em apenas três ou quatro anos e atinge o auge em oito anos. As mudas da castanha são vendidas para dez agricultores da Serra da Mantiqueira. Juntos eles produzem, em média, 30 toneladas por ano, comercializando principalmente para as regiões sul e sudeste. A colheita na fazenda em São Bento do Sapucaí está em ritmo acelerado. “Algumas caem sozinha no chão e algumas caem na bola de espinho. Essa bola de espinho tem que abrir com o pé e tirar a castanha de dentro. É fácil”, garante Ademir Celestino, agricultor. O quilo da castanha é vendido entre R$ 10 e R$ 15.
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