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Microorganismos aumentam produtividade do feijão em até 11%

05/06/2018

Uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) comprovou que quando as bactérias Rhizobium tropici e Azospirillum brasiliense são implantadas no feijão-comum, a produtividade da planta pode aumentar em até 11% se comparado com a adubação nitrogenada. A média de produção do feijoeiro analisado pelo estudo ficou acima de 3.200 quilos por hectare. 

De acordo com o coordenador da pesquisa, Enderson Ferreira, da Embrapa Arroz e Feijão de Goiás, a nova técnica é uma solução vantajosa tanto para a questão econômica quanto para a ambiental já que dispensa a utilização da ureia e pode substituir totalmente a aplicação de nitrogênio (N). O pesquisador explica que a utilização conjunta dos microrganismos aumenta os rendimentos porque o Azospirillum brasiliense potencializa o desenvolvimento do feijoeiro, melhorando a absorção de água e de nutrientes do solo, e o Rhizobium tropici auxilia na fixação do nitrogênio.  

 

 

Uma análise econômica feita pelo pesquisador em socioeconomia, Alcido Elenor Wander, e pela analista Osmira Silva, ambos da Embrapa Arroz e Feijão, mostrou que os pequenos produtores rurais que adotaram a coinuculação tiveram ganhos de 13%, o que significa que cada R$ 1 mil destinado à lavoura geraram um retorno de R$ 1.130  o rendimento é ainda maior se observado o segmento da agricultura empresarial onde o rendimento chegou a 90% em Goiás e 114% em Minas Gerais, com ganhos de R$ 1.900 e R$ 2.140 para cada R$ 1 mil investidos, respectivamente. 

 

 

Além disso, Ferreira afirma que estudos realizados pela Embrapa já mostraram que se o uso de fertilizante nitrogenado fosse substituído pela coinoculação no cultivo do feijão, poderia haver uma redução de cerca de 700 mil toneladas de CO2 na atmosfera.  

 

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