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Brasil aposta na produção de pulses para alimentar Índia

08/01/2018

Estão sendo testadas quatro tipos de leguminosas importadas

Com uma alimentação baseada na dieta vegetariana, a Índia desponta como o grande mercado consumidor de pulses (sementes secas, ricas em proteína e comestíveis da família das leguminosas). De olho nessa demanda, a empresa de agroquímicos UPL e a Advanta Sementes, em parceria com a Embrapa, começaram uma série de pesquisas para desenvolver variedades que atendam aos indianos.

De acordo com a UPL, estão sendo testadas quatro tipos de leguminosas importadas da Índia, dentre elas duas variedades de grão-de-bico, duas de lentilha. Em breve, informa, iniciará mais duas para feijão mungo e duas para feijão guandú. Segundo a FAO, o consumo de proteína na Índia está abaixo do recomendado por dia, e a expectativa é que em 2018 o país necessite importar 21 milhões de toneladas desses grãos para alimentar.

“O Projeto ainda está no início, existem muitas avaliações e testes que precisam ser realizados antes de concluirmos e possibilitarmos que os produtores que quiserem, possam começar a produzir”, explica Gustavo Hidalgo, Gerente de Desenvolvimento Tecnológico da Advanta Sementes. 

 

 

Segundo a UPL, esses pulses serão avaliados sob o aspecto de quinze itens: estande inicial, florescimento, doenças, maturação fisiológica, altura da planta, número de vagens por planta, peso de mil grãos, qualidade do grão e das sementes etc. O objetivo é compreender qual é a real qualidade das espécies cultivadas, como deverá ser a recomendação para o manejo adequado de pragas e doenças, quais são elas e, se o produto final encontrado dessas cultivares atende as demandas da Índia.

Wagner Seara, Gerente de Marketing de Tratamento de Sementes da UPL, explica que o programa Pulses poderá, em um futuro próximo, representar uma das culturas a ser realizada como complemento entre os cultivos que ocorrem do verão ao inverno para soja, milho, algodão, arroz e trigo: “E por isso, será uma excelente oportunidade de alternativa de mercado para produtores”.

 

 

As pesquisas com a Embrapa estão acontecendo desde o início do ano nas regiões de Brasília/DF, Cristalina/GO, Montes Claros/MG, Patos de Minas/MG, Primavera do Leste/MT, Dourados/MS, Coxilha/RS e Vacaria/RS, onde estão testando as adaptabilidades das variedades importadas de pulses.

 

 



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